quarta-feira, 11 de abril de 2012

DEMÓSTENES E A FATALIDADE CONSERVADORA


Por Paulo Moreira Leite:

Confesso que nada era tão previsível quanto o destino de Demóstenes Torres. Como até os petistas aprenderam com a própria pele, nada é tão enganoso nem tão pode ser tão autodestrutivo como o discurso moralista.
A experiência ensina que o moralismo é um texto falso, porque tem como base uma visão fantasiosa das sociedades humanas.
Considera que há pessoas de carater límpido e sem manchas de nenhuma espécie, incapazes de mentir, de fazer mal ao próximo, de ter segredos inconfessáveis e ambições que condenam em público mas cultivam na vida privada.
Como a vida real não é assim, cedo ou tarde os moralistas são desmentidos pelos fatos e desmascarados pelas próprias atitudes.
Claro que nem sempre é necessário um grampo da Polícia Federal para apanhar um falso moralista mas vamos combinar que, neste caso, estávamos diante de um profissional da categoria.
O que sobra?
Depende.  Apesar do mensalão,  o PT e Lula tinham onde pisar,  como um movimento contra  desigualdade, a favor dos direitos dos trabalhadores e dos mais humildes, pelo fortalecimento da ação social do Estado, pelo crescimento e pelo emprego.
O problema de seus adversários é mais profundo. Quando perdem a superfície moralista, não resta muita coisa. Por que?
Porque o conservadorismo, particularmente nos países menos desenvolvidos — ou emergentes, ou Brics, ou dependentes, ou semi-atrasados  – não tem uma perspectiva de melhoria de vida dos mais pobres e menos protegidos.

Lembra de 1989, quando os conservadores quiseram colocar uma fantasia moderna no senador Mário Covas? Deu o “choque de capitalismo” que acabou com sua projeção nacional.
O silêncio tucano sobre a sorte dos mais humildes é absoluto depois que o Plano Real derrubou a inflação.
Já o DEM de Demóstenes sequer foi capaz de abrir a boca nessas questões. Até porque, às vezes, um movimento mais brusco pode exibir um laço com o passado do regime militar que é preferível manter esquecido.
A perspectiva história do conservadorismo é diminuir o Estado. Quer tirá-lo da economia, se possível da educação e também da saúde. Concorda em privatizar até mesmo uma parte da segurança pública e é claro que sonha em transformar nossa sociedade de cabelos brancos num mercado cativo para a previdência privada.
Se isso é difícil mesmo nos países avançados, que assiste hoje ao doloross ajuste de contas da desregulamentação e do fim dos empregos produtivos, imagine no Brasil, este país onde o salário médio gira em trono de R$ 1500 mensais.
Saúde privada? Escola particular? Segurança privada?
Não tem como. Não tem renda suficiente e aquela que está aí continua difícil de distribuir na base da caridade.
Este é o problema. Após três derrotas nas eleições presidenciais, o conservadorismo brasileiro segue sem um programa para melhorar as condições de vida da maioria população.

Só lhe resta torcer contra. O discurso do moralista é um pega-ladrão permanente.
Imagine como seria difícil o mundo do moralista se não tivesse pecados alheios para denunciar.

Iria  oferecer o quê a quem tem frio, fome e sede?
Por essa razão o moralismo evita discutir, concretamente, medidas que possam contribuir para diminuir os abusos, desvios e irregularidades que marcam o cotidiano do Estado brasileiro.
Seu segredo é despolitizar a política, esconder o debate por trás de muita histeria.
Finge que não há um problema com uma legislação que transformou a campanha eleitoral numa corrida por verbas privadas — e o ato de governar numa prestação de contas pelos favores recebidos.
Dá a impressão de que não há uma preferência política pela manutenção do sistema que aí está, onde o poder econômico cria duas classes de eleitores, os privilegiados que compram influência com seu dinheiro, e o homem comum, indignado com a própria impotência.

Num sistema mais transparente, capaz de distribuir recursos à vista de todos, o moralista não tem o que fazer — nem o que dizer. Sequer poderia fingir que sente raiva para obter alguma identificação com os eleitores.
Este é o ponto. Condenados a pregar a moralidade, cedo ou tarde os moralistas acabam destruídos por ela. E não sobra nada. Nada. Nada mesmo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

BOB FERNANDES, DA GAZETA, COMENTA O CASO DEMÓSTENES: MAGISTRAL


DEMÓSTENES, MARCONI E POLICARPO


Editorial da revista Carta Capital:

O caso do senador Demóstenes Torres é representativo de uma crise moral que, a bem da sacrossanta verdade, transcende a política, envolve tendências, hábitos, tradições até, da sociedade nativa. No quadro, cabe à mídia um papel de extrema relevância. Qual é no momento seu transparente objetivo? Fazer com que o escândalo goiano fique circunscrito à figura do senador, o qual, aliás, prestimoso se imola ao se despedir do DEM. DEM, é de pasmar, de democratas.
Ora, ora. Por que a mídia silencia a respeito de um ponto importante das passagens conhecidas do relatório da Polícia Federal? Aludo ao relacionamento entre o bicheiro Cachoeira e o chefe da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior. E por que com tanto atraso se refere ao envolvimento do governador Marconi Perillo? E por que se fecha em copas diante do sequestro sofrido por CartaCapital em Goiânia no dia da chegada às bancas da sua última edição? Lembrei-me dos tempos da ditadura em que a Veja dirigida por mim era apreendida pela PM.
A omissão da mídia nativa é um clássico, precipitado pela peculiar convicção de que fato não noticiado simplesmente não se deu. Não há somente algo de podre nas redações, mas também de tresloucado. Este aspecto patológico da atuação do jornalismo pátrio acentua-se na perspectiva de novas e candentes revelações contidas no relatório da PF. Para nos esclarecer, mais e mais, a respeito da influência de Cachoeira junto ao governo tucano de Goiás e da parceria entre o bicheiro e o jornalista Policarpo. E em geral a dilatar o alcance da investigação policial.
Quanto à jornalística, vale uma súbita, desagradável suspeita. Como se deu que os trechos do documento relativos às conversas entre Cachoeira e Policarpo tenham chegado à redação deVeja? Sim, a revista os publica, quem sabe apenas em parte, para demonstrar que o chefe da sucursal cumpria dignamente sua tarefa profissional. Ou seria missão? No entanto, à luz de um princípio ético elementar, o crédito conferido pelo jornalista às informações do criminoso configura, por si, a traição aos valores da profissão. Quanto à suspeita formulada no início deste parágrafo, ela se justifica plenamente: é simples supor vazamento originado nos próprios gabinetes da PF. E vamos assim de traição em traição.
A receita não a dispensa, a traição, antes a exige nas mais diversas tonalidades e sabores. A ser misturada, para a perfeição do guisado, com hipocrisia, prepotência, desfaçatez, demagogia, arrogância etc. etc. E a contribuição inestimável da mídia, empenhada em liquidar rapidamente o caso Demóstenes, para voltar, de mãos livres, à inesgotável tentativa de criar problemas para o governo. Os resultados são decepcionantes, permito-me observar. A popularidade da presidenta Dilma acaba de crescer de 72% para 77%.
E aqui constato haver quem tenha CartaCapital como praticante de um certo, ou incerto, “jornalismo ideológico”. Confesso, contristado, minha ignorância quanto ao exato significado da expressão. Se ideológico significa fidelidade canina à verdade factual, exercício desabrido do espírito crítico, fiscalização diuturna do poder onde quer que se manifeste, então a definição é correta. E é se significa que, no nosso entendimento, a liberdade é apanágio de poucos, pouquíssimos, se não houver igualdade. A qual, como sabemos, no Brasil por ora não passa de miragem.
E é se a prova for buscada na nossa convicção de que Adam Smith não imaginava, como fim último do capitalismo, fabricantes de dinheiro em lugar de produtores de bens e serviços. Ou buscada em outra convicção, a da irresponsabilidade secular da elite nativa, pródiga no desperdício sistemático do patrimônio Brasil e hoje admiravelmente representada por uma minoria privilegiada exibicionista, pretensiosa, ignorante, instalada no derradeiro degrau do provincianismo. Ou buscada no nosso apreço por toda iniciativa governista propícia à distribuição da renda e à realização de uma política exterior independente.
Sim, enxergamos no tucanato a última flor do udenismo velho de guerra e em Fernando Henrique Cardoso um mestre em hipocrisia. Quid demonstrandum est pela leitura do seu mais recente artigo domingueiro na página 2 do Estadão. O presidente da privataria tucana, comprador dos votos parlamentares para conseguir a reeleição e autor do maior engodo eleitoral da história do Brasil, afirma, com expressão de Catão, o censor, que se não houver reação, a corrupção ainda será “condição de governabilidade”.
Achamos demagógica e apressada a decisão de realizar a Copa no Brasil e tememos o fracasso da organização do evento, com efeitos negativos sobre o prestígio conquistado pelo País mundo afora nos últimos dez anos. Ah, sim, estivéssemos de volta ao passado, a 2002, 2006 e 2010, confirmaríamos nosso apoio às candidaturas de Lula e Dilma Rousseff. Se isso nos torna ideológicos, também o são os jornais que nos Estados Unidos apoiaram e apoiarão Obama, ou que na Itália se colocaram contra Silvio Berlusconi. Ou o Estadão, quando em 2006 deu seu voto a Geraldo Alckmin e em 2010 a José Serra.
Não acreditamos, positivamente, que de 1964 a 1985 o Brasil tenha sido entregue a uma “ditabranda”, muito pelo contrário, embora os ditadores, e seus verdugos e torturadores, tenham se excedido sem necessidade em violência, por terem de enfrentar uma resistência pífia e contarem com o apoio maciço da minoria privilegiada, ou seja, a dos marchadores da família, com Deus e pela liberdade. Hoje estamos impavidamente decepcionados com o comportamento de muitos que se apresentavam como esquerdistas e despencaram do lado oposto, enquanto gostaríamos que a chamada Comissão da Verdade atingisse suas últimas consequências.
Agora me pergunto como haveria de ser definido o jornalismo dos demais órgãos da mídia nativa, patrões, jagunços, sabujos e fâmulos, com algumas exceções, tanto mais notáveis porque raras. Ideologias são construídas pelas ideias. De verdade, alimentamos ideias opostas. Nós acreditamos que algum dia o Brasil será justo e feliz. Eles querem que nada mude, se possível que regrida.

domingo, 1 de abril de 2012

OPERAÇÃO BLINDAGEM: CHAMEM O REINALDO AZEVEDO


            Reinaldo Azevedo não cansa. Pois é, eu também não. Acho que algum dia escreverei um livro sobre ele. Servirá ao menos para mostrar o quão baixo podem ir alguns indivíduos na arte do achaque e do pseudo-jornalismo. Sei que não tenho nem uma ínfima parcela do número de seus leitores, mas é melhor está só do que mal acompanhado. E solidão não é desculpa para o silêncio. Então, mãos à obra!
            Tio Rei, como todos sabem, tem mestrado e doutorado no ramo de assassinar reputações. É uma de suas facetas. Basta contrariar seus interesses, ou o daqueles que lhe dão de comer, e se preparar para uma enxurrada de palavras venenosas. E sem nenhum direito à réplica, pois ele odeia debates. Tanto que nunca se viu (quem tiver visto me corrija) ele participando de uma discussão, de uma mesa redonda, com algum adversário ideológico. No seu blog, qualquer um destes é logo censurado. Ele só participa de eventos ou programas em que todos concordem com ele, ou pelo menos, não discordem tão descaradamente de seus argumentos rasos.
            Dessa vez, no entanto, a faceta mostrada pelo jornalista de Veja foi outra. Ele não foi o Tio Rei assassino de reputações, pelo menos não totalmente, mas o Tio Rei rábula. Rábula é aquele cara que advoga sem ter diploma de direito, que “embaraça as questões com os artifícios que a lei lhe faculta” (Dicionário Michaelis Online). Por ser um sujeito que se acha entendido de tudo, e que se julga mais conhecedor do direito que um ministro do Supremo, o adjetivo lhe cai perfeitamente. Seu cliente: Policarpo Júnior, chefe da sucursal da mesma revista Veja em Brasília, um dos flagrados pela Operação Monte Carlo, aquela que está deixando em polvorosa, pelo alto teor bombástico de suas denúncias, toda a direita nacional, principalmente os fãs, e Reinaldo o é de carteirinha, do quase ex-senador goiano Demóstenes Torres, aquele que até bem pouco tempo era um arauto da moralidade e que hoje é mais um exemplo, dadas as fortes evidências, de corrupção na política.
            Como todo rábula e, aliás, quase todos os advogados, Reinaldo não defende idéias nem princípios. Ele defende quem lhe paga e o faz, vale dizer, de forma magistral. Afinal, como um bom rábula, ele é também um bom sofista. A forma como as palavras fluem de seus dedos é quase que capaz de convencer de qualquer aberração, até o mais inteligente e bem informado leitor. Quase, pois todo sofista é traído por sua própria verborragia empolada, assim como por seu tratamento diferenciado para com inimigos e aliados. Por isso é importante conhecê-los a fundo, facilitando a quebra dos pés de barro dos seus fracos argumentos.
            Chegamos então àquilo que podemos chamar de “Operação Blindagem”. Azevedo se mostra pronto a mostrar suas garras afiadas. Ele não apresenta fatos consistentes para explicar o porquê de Policarpo ser citado várias vezes, e de forma comprometedora, com o notório contraventor Carlos Cachoeira. Como é de praxe, e para ser coerente com uma de suas facetas, sua saída é o ataque rasteiro, sem citações, evidências ou fundamentação factual:
Há alguns dias, Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e comandante da sucursal da revista em Brasília, vem sendo vítima de uma campanha asquerosa, movida por bandidos. Seus acusadores são notórios ladrões de dinheiro público, escroques envolvidos com o submundo da espionagem — eles, sim, flagrados em investigações da Polícia Federal —, notórios mamadores das tetas do oficialismo. Não têm biografia, mas folha corrida. Estão associados ao submundo do crime para tentar melar o processo do mensalão. Trabalham a serviço de um notório chefe de quadrilha. Essa escória, no entanto, poderia estar falando a verdade, claro… Mas não está! E são as próprias gravações feitas pela Polícia Federal a prová-lo.
Viram? Não há nada, só palavras de ódio desesperado. Quem são esses bandidos? Ele não diz. O que eles fizeram para ser chamados assim? Ele também não diz. Alguns poderiam achar que o “notório chefe de quadrilha” citado é José Dirceu, pois é assim que o jornalista sempre se refere a ele, tomando sempre o cuidado, claro, de pôr o adjetivo entre aspas, seguido de um “segundo o Procurador-Geral”, visto o fato de o ex-presidente do PT ser um acusado, e não um condenado. Afinal, todo réu, num sistema jurídico civilizado, deve possuir a presunção de inocência, e ninguém deve sair por aí, de forma irresponsável e leviana, condenando-o publicamente de forma sumária. Como o termo está sem aspas, e sem a referência ao Procurador-Geral, deve estar falando de outra pessoa. Ou seria o cúmulo do mau-caratismo.
            No final do parágrafo ele diz que as gravações provam a inocência de Policarpo. E ele cita um trecho pra comprovar sua tese:
Cachoeira - O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não (…) Os grandes furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz (…) Ele não vai fazer nada procê.
Jairo - É, não, isso é verdade aí.
Cachoeira - Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho por Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz!? E tudo via Policarpo. Agora, não é bom você falar isso com o Policarpo, não, sabe? Você tem que afastar dele e a barriga dele doer, sabe? Tem que ter a troca, ô Jairo. Nunca cobramos a troca.
Jairo - Isso é verdade.
Cachoeira - E fala pra ele (…) eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho (…) Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo! Nós temos que ter jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso…
Jairo - É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é foda!
É um trecho forte, confesso! Mas não deixa de ser um trecho, uma parte. Há muita coisa ignorada, que podem lançar novas luzes quanto à real ligação que existe entre Cachoeira e Policarpo. Vejamos o que segue:
A parceria entre o jornalista Policarpo Junior, editor-chefe e diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, e o contraventor Carlinhos Cachoeira é anterior e vai além dos 200 telefonemas entre eles, grampeados pela Polícia Federal, feitos no período de 2008 a 2010. Sob o título de Sujeira para Todo Lado, reportagem assinada por Policarpo em 3 de novembro de 2004, na edição 1.878, teve como efeito prático criar um clima político adverso à prisão de Carlos Cachoeira, cujo pedido neste sentido havia sido feito pela unanimidade dos 58 deputados estaduais do Rio de Janeiro. Eles aprovaram o relatório final da CPI da Loterj, mas a reportagem de Veja, feita com base em conversas gravadas por auxiliares de Cachoeira entre eles próprios e o então deputado federal pelo Rio de janeiro André Luiz, trata de cercar de suspeitas a atuação da própria Comissão. No texto se diz que Cachoeira só teve seu pedido de prisão requerido porque foi vítima de extorsão e se recusou a pagar R$ 4 milhões para sossegar os ânimos dos deputados estaduais. Uma vítima, portanto, e não um réu, como era o caso. (...)Mais forte que qualquer apuração, a tese da reportagem, como se diz no jargão interno de Veja, era a de que “o empresário de jogos Carlos Cachoeira”, como Policarpo o qualificava, era um empresário honesto envolvido num cerco de chantagens. E foi isso o que foi publicado. Sobre as acusações feitas contra Cachoeira na ocasião, nenhuma menção na referida reportagem. Veja teve o cuidado, ao contrário, de levar suas denúncias de tentativa de extorsão contra Cachoeira – cujas provas, repita-se, foram gravadas por auxiliares do mesmo Cachoeira – a reverberar na Câmara dos Deputados.
            O Brasil 247, sítio onde colhi o trecho, e que cerrou fileiras em busca da verdade no caso Cachoeira, começou a sofrer safanões. Esta manhã Reinaldo começou a atacá-lo, novamente sem argumentos concretos, mas apenas com sofismas baratos. E não vai parar por aí. Amanhã a verborragia continuará a correr, no mesmo ritmo das novas denúncias. Eu, como não sou famoso, vou escapando das agressões. Quem quiser conferir, é só procurar o blog do jornalista. Afinal, a “Operação Blindagem”, não somente de Policarpo Júnior, mas da revista Veja como um todo, está apenas começando.